15 ago 2021
Deus morreu?
"Há quase 150 anos (1882), Nietzsche proclamou a morte de Deus... Mais, “para onde vamos nós, agora? Não estaremos a precipitar-nos para todo o sempre?"
"Segundo Gilles Lipovetsky, 'Deus morreu, as grandes finalidades extinguem-se, mas toda a gente se está a lixar para isso. O vazio do sentido, a derrocada dos ideais não levaram, como se poderia esperar, a mais angústia, a mais absurdo, a mais pessimismo'"
"No seu livro posterior, 'A Sociedade da Decepção', o próprio Lipovetsky, reconehcendo 'a reafirmação do religioso', veio dizer que, 'privados de sistemas de sentido englobante, numerosos indivíduos encontram uma tábua de salvação no reinvestimento de antigas e novas espiritualidades'"
"Como escreveu o filósofo Eusebi Colomer, a própria expressão "morte de Deus" não é unívoca, pois pode ter e tem múltiplos sentidos"
"Talvez estejamos apenas a referir-nos à necesssidade de transcender constantemente as nossas ideias acerca de Deus, e, neste sentido, a "morte de Deus" significa a morte dos ídolos fabricados por nós. Afinal, que Deus era esse que morreu?"